A verdade nua e crua é que Alexandre Herchcovitch é um dos mais brilhantes criadores do cenário de moda do país. O nome do paulista, assim como a sua moda, fala e anda por sí só. Não é atoa que a expectativa para cada nova coleção é completamente inevitável apartir de quem sabe que de Alexandre Herchcovitch pode se esperar de tudo sem desengano algum. Depois de uma coleção de verão espetacular, onde o futebol americano atuou como influxo, Herchcovitch aduziu mais um trabalho muitíssimo bem feito.



A coleção de inverno inspirada nas criações do diretor Sergei Paradadjanov, que descrevia através de fotografias o folclore do leste Europeu, resultou numa reavaliação de concepções antropologicas da Georgia e Armênia. Para isso, Herchcovitch se aprofundou o maxímo possível em tais estruturas culturais, e criou vestidos de manga bufante - termo bastante autêntico - com bastante babados. Ainda brincou com o punk, que é sempre um traço substâncial em todas as coleções, em vestidos de seda rasgados, no xadrez, e principalmente na ousadia de aculturaração apartir de sua interpretação.





As tachas vieram sutis nas barras e punhos de blazers e calças para dar ainda mais personalidade ao punk particular de Herchcovitch. Os enormes cristais que ornamentavam algumas sobreposições foram a prova de um segmento fiél às inpirações do estilista, contribuindo ainda mais para o resultado final do desfile que a platéia aplaudiu de pé.



Le J.
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